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Santos Brasil tem prejuízo mas já vê reação na importação

Depois de sucessivos balanços ruins - incluindo o do segundo trimestre, recém-divulgado - a operadora de terminais portuários Santos Brasil avalia que os volumes de cargas estão "perto da estabilidade", com sinais de recuperação das importações. "Os armadores [clientes dos terminais portuários] estão mais otimistas e preveem recuperação mais forte nos próximos meses", disse o diretor comercial, Marcos Tourinho.

A mensagem foi transmitida ontem, em teleconferência com analistas sobre os resultados do segundo trimestre. Os números do período mais uma vez foram negativos. A companhia teve prejuízo líquido de R$ 5,7 milhões, ante lucro de R$ 4,7 milhões na mesma base comparativa, e queda na receita líquida de 12,8%, para R$ 202,3 milhões. O volume de movimentação de contêineres aumentou 7,4%, para 245 mil unidades, mas a queda de 6% das operações de importação de contêineres cheios prejudicou a receita de armazenagem - um dos serviços mais rentáveis desse negócio.


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O tempo médio de permanência dos contêineres saiu de 14,9 dias para 12 dias, com recuo do tíquete médio de armazenagem de R$ 2,9 mil para R$ 2,4 mil, na base anual. O Tecon Santos, maior ativo da Santos Brasil, aumentou em 4,2 pontos percentuais, para 39,1%, a fatia de movimentação no porto de Santos no intervalo. O Tecon disputa a carga dos navios diretamente com cinco terminais dedicados ao segmento de contêineres em Santos, e se mantém líder em movimentação no Brasil.

O presidente da companhia, Antonio Carlos Sepúlveda, disse que o projeto executivo de expansão do Tecon Santos está perto da conclusão e deverá ser entregue ao governo no máximo até o início de setembro. Avaliado em R$ 1,27 bilhão, permitirá aumentar a oferta de movimentação de 2 milhões de Teus (contêiner de 20 pés) para 2,4 milhões de Teus por ano.

Ainda não há data para o início das obras porque há necessidade de licenciamento ambiental. Mas os primeiros desembolsos ocorrerão no fim de 2017. "Vamos ter redução no custo da movimentação e aumento de produtividade por contêiner movimentado. E esperamos ter aumento de demanda. Acreditamos que o Brasil entra agora em uma rota diferente".

A empresa vem se preparando para esse momento e reduziu os custos ao máximo. Segundo Washington Kato, diretor econômico-financeiro, os ajustes já foram feitos. A dívida líquida caiu 20,3%, para R$ 90,5 milhões no fim de junho, com alavancagem baixa, de 0,8 vez a relação dívida líquida/ Ebitda - o que dá conforto para a empresa financiar a expansão.

Fonte: Valor Econômico/Fernanda Pires | De São Paulo






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