Exportações registram em 2021 o melhor faturamento da história do setor, US$ 1,34 bilhão, segundo dados divulgados pelo Centro Brasileiro dos Exportadores de Rochas Ornamentais
As exportações brasileiras de rochas ornamentais superaram em 2021 os níveis de faturamento registrados no período pré-pandemia e em toda a história do segmento. De acordo com dados divulgados pelo Centro Brasileiro dos Exportadores de Rochas Ornamentais (Centrorochas), no ano passado o país faturou US$ 1,34 bilhão.
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Entre janeiro e dezembro, o setor nacional enviou 2,4 milhões de toneladas para 132 países distribuídos nos cinco continentes e bateu crescimento de 35,5% com relação a 2020. Um dos grandes motivos para a grande alta é a maior segurança dos empresários em exportar seus produtos após a assinatura do convênio setorial firmado entre o Centrorochas e a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil). Juntas, as duas entidades desenvolvem o It’s Natural – Brazilian Natural Stone, projeto de incentivo às exportações do setor que atualmente apoia cerca de 140 empresas.
Os Estados Unidos aparecem na liderança como maior consumidor representando 62,7% de todas as exportações. China (11,5%), Itália (6,5%) e México (3,8%) ocupam as posições seguintes. Os quatro países fazem parte dos oito mercados-alvo apontados pelo projeto setorial.
“Em um ano com sérias complexidades logísticas, o setor de rochas nacional bateu esse recorde histórico. A credibilidade do Centrorochas junto aos empresários, somada ao cenário mais ameno da pandemia no segundo semestre de 2021, ao desenvolvimento das ações do projeto setorial e ainda ao aquecimento do setor de construção civil mundial, contribuiu para este avanço. Superamos em quase 40 milhões de dólares o nosso maior faturamento até então, que havia sido registrado em 2013.”, detalhou o presidente do Centrorochas, Tales Machado.
“O ano de 2021 foi repleto de desafios, mas juntos soubemos transformá-los em oportunidades e vitórias. É gratificante ver que nossa parceria com o setor de rochas ornamentais produziu recordes nas exportações e, por consequência, gerou mais empregos e renda em benefício de milhares de famílias brasileiras”, afirmou o presidente da ApexBrasil, Augusto Pestana.
Espírito Santo (83,3%), Minas Gerais (9,9%) e Ceará (2,8%) foram os três estados que mais exportaram rochas ornamentais de janeiro a dezembro do ano passado. O estado capixaba foi o maior exportador do segmento em 2021, acumulando um total de US$ 1,14 bilhões, respondendo por 83,3% do valor total das exportações de rochas realizadas pelo Brasil.
A evolução capixaba durante o ano, em relação ao ano anterior, foi de 37,02% em valor (dólar) e 8,95% em peso (tonelada), mostrando um crescimento orgânico em valor agregado dos materiais exportados de 25,77% no preço médio (dólar/tonelada). Minas Gerais somou US$ 132,76 milhões e crescimento de 25,5% permanecendo como segunda maior potência brasileira dentre os maiores exportadores. Já o Ceará acumulou um total de US$ 37,87 milhões e 50% de crescimento nas exportações no período analisado, destaque para o envio de quartzitos, em bruto ou beneficiado.
Segundo o presidente do Sindicato da Indústria de Rochas Ornamentais, Cal e Calcários do Estado do Espírito Santo (Sindirochas), Ed Martins, o setor é responsável por aproximadamente 10% do PIB capixaba e concentra o maior número de empresas do país, gerando cerca de 25 mil empregos diretos e 100 indiretos no estado. “A cadeira produtiva de rochas possui próximo de 1.600 empresas no Espírito Santo e 200 frentes de lavra. Quando olhamos para o mercado externo, sem deixar de atender o nosso mercado interno, uma das vantagens da nossa indústria é a sua diversidade, o que nos permite atender às necessidades de mercados com diferentes perfis”, apontou.