O Complexo Industrial Portuário de Suape completou, na última sexta-feira (7), 47 anos de atividades e anunciou, para os próximos três anos, investimentos de R$ 1,3 bilhão em obras de infraestrutura com recursos próprios da estatal portuária. Está prevista a construção dos cais 6 e 7, que ampliará a capacidade operacional e o atendimento a novas demandas do setor.
Além disso, a autoridade portuária projeta liderança nacional na movimentação de granéis líquidos com a modernização dos píeres dedicados ao segmento. A expansão prepara o porto também para atender ao aumento da produção da Refinaria Abreu e Lima, da Petrobras, maior indústria instalada no complexo e atualmente em processo de ampliação.
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O diretor-presidente de Suape, Armando Monteiro Bisneto, disse que o complexo mantém ritmo constante de crescimento e é o sexto maior porto público do Brasil, com 90 empresas instaladas e 12 pólos de desenvolvimento. “Impulsionamos o mercado de trabalho com mais de 30 mil empregos diretos e indiretos”, afirmou.
Armando Bisneto explicou que Suape se prepara para se consolidar como base de energia limpa, com projetos de investimentos atraindo grupos nacionais e estrangeiros. Entre os empreendimentos já confirmados está a primeira fábrica de e-metanol do Brasil, da empresa dinamarquesa European Energy.
A fábrica vai ocupar uma área de 10 hectares dentro do complexo e representará aportes de R$ 2 bilhões, com expectativa de gerar 1.500 empregos diretos e indiretos e entrada em operação em 2028. Além dela, a GoVerde Holding já confirmou a instalação de uma unidade com porte e investimento semelhantes.
A autoridade portuária destacou também que foca na sustentabilidade ao atrair investidores e confirmou a construção do primeiro terminal de cargas e contêineres 100% elétrico do Brasil. O empreendimento, sob responsabilidade da APM Terminals, subsidiária do Grupo Maersk, custará R$ 2,2 bilhões e tem como meta ampliar as rotas e conexões internacionais do complexo.
Além disso, a Indústria Aché vai investir R$ 267 milhões na expansão de suas atividades no polo farmacoquímico do terminal pernambucano, que abrigará ainda uma unidade da Blau Farmacêutica, com investimento de R$ 1 bilhão e geração de 1.400 empregos. A autoridade portuária destacou também que a criação da Zona de Processamento de Exportação (ZPE) abrirá novas oportunidades comerciais, inclusive para o setor do agronegócio.
Outra obra importante já confirmada será a dragagem do canal interno e da bacia de evolução, ao custo de R$ 217 milhões, dos quais R$ 117 milhões do governo de Pernambuco e R$ 100 milhões do Ministério de Portos e Aeroportos (MPor), com recursos do Novo Plano de Aceleração do Crescimento (PAC). Após a intervenção, o porto poderá receber navios de grande porte, como os petroleiros da categoria Suezmax e os porta-contêineres New Panamax, de 366 metros de comprimento. Além disso, a Marinha do Brasil homologou o canal externo de Suape atestando a profundidade de 20 metros.
















