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União tem que corrigir Porto de Ilhéus

Uma ação do Minsitério Público Federal requer soluções para os problemas provocados pelo Porto do Malhado, em Ilhéus (BA) nos bairros vizinhos. Construído há 51 anos, ele vem causando erosão e destruição.
Na ação, o MPF argumenta que o Porto foi construído pela União com total conhecimento técnico que o empreendimento, da forma como foi idealizado, causaria os fenômenos de assoreamento das praias da região.
O MPF pede que a Justiça Federal conceda liminar ordenando a União a fazer estudos para identificar as obras necessárias à contenção efetiva da erosão e do assoreamento das praias;
Que ela apresente um plano de recuperação das áreas degradadas (PRAD) e que não promova a ampliação do calado do porto até que o processo de erosão e assoreamento seja definitivamente contido.
O porto vem causando a erosão das praias da zona norte, em razão do avanço do mar, e o alargamento das praias da zona sul, em virtude do acúmulo de areia. Há 15 anos, a erosão vem trazendo sérios problemas para a população.
Nos bairros São Miguel e São Domingos, a destruição já alcançou ruas, casas e estabelecimentos comerciais, chegando perigosamente perto da BA-001, que liga Ilhéus a Itacaré.
Diversas casas já foram dragadas pelo mar e outras estão na iminência de ser destruídas. “O nível do mar já subiu a proporções de tal forma elevadas, que cerca de 50 metros das ruas do São Miguel desapareceram sob as águas".
"Elas destruíram praças, logradouros, casas e estabelecimentos comerciais, levando por terra o patrimônio de toda uma vida de inúmeras famílias residentes na localidade atingida”, relata a procuradora da República, Flávia Galvão Arruti.
Algumas obras chegaram a ser realizadas pela prefeitura, entretanto, não foram concluídas por falta de recursos. Apesar disso, há notícia de que a Codeba tem projeto para aumentar o calado para o atracamento de navios de grande porte.
“Antes de providenciar uma solução para os problemas existentes, os poderes públicos estão mais preocupados com as atividades econômicas, em detrimento do meio ambiente e do bem-estar social".
Há um ano o MPF solicitou à Secretaria Especial de Portos, órgão federal, estudos das obras necessárias à contenção da erosão mas, após quase um ano, nenhuma providência efetiva foi tomada pelo órgão.

Fonte: Jornal A Região


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