O conselho de administração da Gerdau aprovou nesta quarta-feira a formação de um empreendimento conjunto entre uma subsidiária da siderúrgica gaúcha e as japonesas Sumitomo Corporation e Japan Steel Works (JSW). A joint venture vai cuidar da fabricação e venda de produtos fundidos, forjados e cilindros, além da prestação de serviços relacionados.
Segundo a ata da reunião, que ocorreu pela manhã, a formação da nova empresa vai depender da aprovação das autoridades de defesa da concorrência. Um dos principais objetivos da iniciativa, mostra o documentos, é atender as companhias de geração de energia eólica.
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A joint venture deve atuar com o nome da Gerdau Aços Forjados. No segmento de aços planos, a indústria eólica é uma das únicas que ainda demonstram aquecimento na demanda por chapas, para a fabricação das pás.
A rpevisão é que sejam investidos R$ 280 milhões pelas sócias da companhia brasileira para a aquisição de equipamentos de produção. A Gerdau deverá entrar na sociedade com ativos para produção de cilindros, e não prevê desembolso de caixa.
A participação da companhia na sociedade deverá ser superior a 50%, na condição de principal sócia da joint venture. “Além de equipamentos para a indústria eólica, a nova empresa também produzirá cilindros para a indústria do aço e do alumínio”, indica o comunicado.
O empreendimento ficará dentro da usina da Gerdau em Pindamonhangaba (SP), que fornecerá aços especiais para a produção das peças para as torres de geração de energia eólica — eixo principal, rolamentos da pá e rolamento da torre, segundo informou a companhia em comunicado.
A capacidade total de peças para indústria eólica e cilindros é estimada em 50 mil toneladas por ano. A previsão é que os primeiros produtos sejam entregues em 2017.
“Com a Sumitomo Corporation e a JSW, buscaremos o desenvolvimento de produtos de alta tecnologia para nossos clientes que, consequentemente, geram maiores margens de retorno”, afirmou o presidente da Gerdau, André B. Gerdau Johannpeter, no comunicado. A operação ainda depende da aprovação das autoridades de defesa da concorrência.
Fonte: Valor