O diretor-geral da ANP, Haroldo Lima, disse ontem (05) que serão divulgadas na semana que vem as estimativas a respeito das reservas do poço perfurado dentro do processo de capitalização da Petrobras.
Lima evitou mencionar volumes, mas revelou que será necessário fazer outra perfuração. Segundo ele, as reservas encontradas na primeira exploração, apesar de significativas, dificilmente vão totalizar os 5 bilhões de barris que a União vai transferir para a estatal.
"Houve atrasos nos cálculos, iria sair agora. O poço tem um horizonte bastante bom, e nosso próximo passo é fazer uma avaliação da quantidade volumétrica que esse furo permite ter. Acho muito bom em termos do pré-sal, é dessas bitolas que se ouve falar aí", afirmou, em evento na ACRJ (Associação Comercial do Rio de Janeiro).
A ANP encontrou óleo leve no poço 2-ANP-1-RJS, que está sendo perfurado no pré-sal da bacia de Santos, próximo ao prospecto de Iara, no bloco BM-S-11.
Lima acrescentou que um dos fatores que vêm atrasando os trabalhos é a definição sobre a taxa de recuperação que será usada nessas reservas. Estão sendo levados em conta diferentes padrões, segundo o diretor, que oscilam as estimativas.
"Trabalhamos com taxas de recuperação que oscilam. Às vezes, a Petrobras trabalha com taxa maior do que a nossa. Estamos fazendo um cálculo lá, é uma das coisas que estão atrasando", observou.
Presente ao evento, o diretor de exploração e produção da Petrobras, Guilherme Estrella, evitou comentar a respeito da perfuração feita pela ANP. Ele informou que, em pouco mais de um ano, a Petrobras já conseguiu reduzir pela metade o custo de extração na camada pré-sal. O executivo, no entanto, não detalhou valores.
Fonte: ES Hoje
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