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Se Petrobras foi investigada, razão é econômica, diz Dilma

A presidente Dilma Rousseff afirmou ontem que o governo brasileiro tomará "todas as medidas para proteger o país, o governo e suas empresas" de tentativas de espionagem e violação das comunicações pela Agência Nacional de Segurança dos Estados Unidos (NSA). Por meio de nota oficial, Dilma questionou a alegação de que o motivo da espionagem americana seja a segurança ou o combate ao terrorismo. Ela também classificou as tentativas de violação e espionagem de dados como "incompatíveis com a convivência democráticas entre países amigos, sendo manifestamente ilegítimas".

"Sem dúvida, a Petrobras não representa ameaça à segurança de qualquer país. Representa, sim, um dos maiores ativos de petróleo do mundo e um patrimônio do povo brasileiro", diz a nota, assinada pela presidente. "Se confirmados os fatos veiculados pela imprensa, fica evidenciado que o motivo das tentativas de violação e de espionagem não é a segurança ou o combate ao terrorismo, mas interesses econômicos e estratégicos", acrescenta o texto.

No domingo, o programa "Fantástico", da Rede Globo, levantou a possibilidade da NSA ter espionado computadores da Petrobras. A reportagem foi baseada em dados vazados por Edward Snowden, ex-prestador de serviços junto à inteligência americana, atualmente asilado na Rússia. Antes disso, documentos apontaram que o governo brasileiro e a própria Dilma foram espionados.

A reportagem lançou mais dúvidas sobre a posição assumida antes pela NSA, de que as operações de levantamento de informações não teriam como alvo "objetivos econômicos" e seriam direcionadas apenas a questões relacionadas à segurança dos Estados Unidos e ao combate a ameaças terroristas.

Na nota divulgada ontem, Dilma diz que o Palácio do Planalto "está empenhado em obter esclarecimentos do governo americano sobre todas a violações eventualmente praticadas, bem como exigir medidas concretas que afastem em definitivo a possibilidade de espionagem ofensiva aos direitos humanos, à nossa soberania e aos nossos interesses econômicos."

O ministro das Relações Exteriores, Luiz Alberto Figueiredo, viajou ontem aos Estados Unidos para tratar do assunto com a assessora-chefe de segurança nacional da Casa Branca, Susan Rice. No auge da crise da espionagem, o embaixador americano no Brasil, Thomas Shannon, deixou o posto na sexta-feira, o que já estava previsto. Ele foi convocado duas vezes pelo Itamaraty nas últimas semanas para dar explicações sobre a espionagem.

Dilma tem condicionado sua visita aos Estados Unidos, prevista para 23 de outubro, a uma resposta satisfatória do governo americano, com medidas concretas quanto à violação das comunicações. O presidente americano, Barack Obama, teria prometido uma resposta até amanhã.

Em cerimônia ontem no Palácio do Planalto, o ministro da Educação, Aloizio Mercadante, que atua como um dos principais articuladores do governo, repetiu que "houve violação dos princípios fundamentais da Constituição brasileira, da soberania, dos direitos e garantias de cada cidadão, de uma empresa brasileira". Também disse que se trata de "mais um capítulo de uma história que vem sendo

 


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Fonte: Valor Econômico/Maíra Magro e Bruno Peres | De Brasília






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