O agronegócio brasileiro está sendo impactado pela alta nos preços dos fertilizantes, devido à redução da oferta de matéria-prima — insumos como cloreto de potássio, ureia e fosfato — importados de países como Rússia, Canadá e Marrocos.
Para reduzir custos de transporte e manter a integridade do produto que chega para o plantio, produtores rurais e cooperativas ampliam o uso de big bags. "É importante garantir mais qualidade ao produto que vem para o Brasil, pensando também na qualidade com que ele vai chegar até a cooperativa que faz a distribuição destes fertilizantes", diz Leandro Klaus, gerente da Delta Porto, empresa especializada em movimentação de big bags e que atua no Porto de Paranaguá (PR).
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O Brasil, 4º maior consumidor de fertilizantes do mundo, depende do mercado externo para abastecimento. De acordo com a Associação Nacional para Difusão de Adubos (Anda), logo no primeiro semestre de 2021 os agricultores brasileiros utilizaram 23,8 milhões de toneladas de fertilizantes, sendo 20 milhões só de produtos importados. Em 2020, 85% dos fertilizantes utilizados no Brasil também foram importados de outros países.
A adoção dos big bags oferecem atualmente redução de custos — a recente alta no preço de frete marítimo de contêineres foi um fator determinante para a maior procura por embarques de big bags em navios break bulk. A escassez de contêineres exigiu soluções no transporte marítimo do mundo todo, resultando na busca por redução de custos e maior competitividade.
Os big bags são feitos de materiais de alta durabilidade e resistência, comportando até 2 mil quilos de carga por embalagem.