Navalshore 2024

Bancos de areia dificultam a navegação pelo rio São Francisco

Falta de cuidados e progresso desordenado deixam sérias marcas no rio.
Leito do rio se tornou estrada para o desenvolvimento do NO e do SE.

Nesta terça-feira (04) faz 510 anos que os navegadores portugueses descobriram o rio São Francisco. Desde então, o leito do rio se transformou em uma verdadeira estrada para o desenvolvimento do Nordeste e do Sudeste. Mas a falta de cuidados e o progresso desordenado estão deixando sérias marcas. Os bancos de areia se multiplicam, mostrando quanto o assoreamento danifica o rio.

A cada dez dias, comboios carregados com caroço de algodão passam pela barragem de Sobradinho, maior lago artificial em espelho d’água do mundo. Como o nível do rio São Francisco está mais baixo em relação ao do lago artificial, os navios seguem caminho com a ajuda de uma espécie de elevador. A comporta tem mais de 30 metros de altura, 17 de largura e 120 de comprimento.

O comboio com mais de 3,5 mil toneladas, que partiu de Ibotirama, percorreu 604 quilômetros pelo Velho Chico e cinco dias depois descarregou em Petrolina, Pernambuco. O trecho não é navegável durante todo o ano por causa do nível do rio e mesmo em períodos de cheia é preciso ter cuidado. Os bancos de areia são grandes inimigos dos navios, que muitas vezes encalham, o que atrasa a viagem.

“O rio São Francisco está se transformando num verdadeiro mar de areias, com muito pouco água para se navegar”, diz o José Luís Nicolau, diretor de hidrovia.

Mesmo com os problemas, o transporte hidroviário ainda é bastante vantajoso. De acordo com Francisco Trevisan, presidente da empresa que administra o porto de Petrolina, o comboio que carrega a carga gasta cerca de sete mil litros de óleo diesel para percorrer o trecho entre Ibotirama,na Bahia, e Petrolina. Se a entrega fosse feita por terra, seriam necessárias mais de 100 carretas e cerca de 35 mil litros de combustível para levar a mesma carga. Ele acredita que a dragagem do rio, trabalho que retira os bancos de areia, facilitará a navegação e atrairá mais empresas interessadas em utilizar a hidrovia.

De acordo com Sebastião Marques, administrador da hidrovia do São Francisco, os trabalhos de desassoreamento começaram agora em outubro. O primeiro trecho beneficiado fica no município baiano de Pilão Arcado.

Fonte:G1

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