Completou, nesta quinta-feira, duas semanas que o navio Livramento, da Transpetro, está à deriva no Oceano Índico e a companhia ainda não tem previsão de quando o resgate acontecerá. Segundo a Transpetro, para a operação, é preciso que o tempo e o mar apresentem condições seguras. Desde o último sábado, um navio rebocador aguarda na região, porém, o mau tempo ainda não permitiu a ação. Assim que rebocado, a embarcação levará cerca de vinte dias até Hong Kong, de acordo com a Transpetro.
O Livramento está parado em alto-mar desde o dia 9 de julho, segundo a companhia. Ele partiu do Brasil no dia 5 de junho, sem problema técnico ou operacional, mas ao atravessar o trecho do oceano, a 900 milhas (aproximadamente 1.666 km) a nordeste das Ilhas Maurício, o motor principal do navio apresentou defeito e parou de funcionar. Em maio, o motor central passou por uma revisão pela Wartsilla, fabricante da peça. Não foi encontrado qualquer problema e a fabricante emitiu o certificado de apto a operar, informou a Transpetro. É a primeira vez que acontece isso com o Livramento, segundo a companhia, as causas do problema serão analisadas em Hong Kong.
Desde então, as condições de vento e mar na região impossibilitaram o resgate, com segurança, dos 33 tripulantes que estão no navio. A companhia garante, porém, que presta assistência integral às pessoas e monitora 24 horas por dia, via satélite, a embarcação. O Livramento não levava carga, mas tem mantimentos suficientes para mais de 70 dias de sobrevivência. Segundo a Transpetro, a situação está "tranquila", os tripulantes têm refrigeração adequada e energia elétrica, gerada pelo próprio navio.
O trajeto faz parte de uma rota tradicionalmente utilizada pela Transpetro e a embarcação faz o percurso, pelo menos, de 30 em 30 meses, para realizar a revisão técnica, em Hong Kong.
O navio Tanque Livramento foi construído em abril de 1997, com 177 m de comprimento e capacidade para mais de 44 mil t de cargas. A embarcação é usada para o transporte de combustíveis claros - como gasolina, diesel e querosene. Segundo a Transpetro, a vida útil da embarcação é de, aproximadamente, 25 anos.
Fonte:Terra/Thaís Sabino
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