O presidente da Petrobras, Roberto Castello Branco, explicou que o pacote de medidas anunciado nesta quinta-feira pela companhia, que inclui corte de investimentos, redução de custos, com medidas como não pagamento de horas extras, suspensão do FGTS, além da redução da produção de petróleo, tem como finalidade preparar a companhia para um cenário de petróleo a preços abaixo dos US$ 25 o barril.
— Estamos preparando a empresa para viver com um preço de petróleo abaixo dos US$ 25 e não mais de US$ 40 — destacou Castello Branco em teleconferência com analistas de mercado. — Não temos vacas sagradas, vamos fazer o que precisa ser feito.
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O diretor de Exploração e Produção, Carlos Alberto Oliveira, por sua vez destacou que o conjunto de projetos da companhia é bastante competitivo e que ainda é cedo para saber os efeitos da atual crise mundial de preços e consumo na produção de óleo em 2020 e 2021.
Uma das medidas anunciadas nesta quinta foi a redução em 100 mil barris por dia de petróleo até o fim deste mês. A meta para este ano, até o momento, é de uma produção média de 2,7 milhões de barris por dia de petróleo e gás natural.
A Petrobras preservou os projetos no pré-sal dos cortes anunciados até agora. Castello Branco destacou que a redução nos investimentos não deverá afetar muito o plano de investimentos previstos para 2021 em diante.
Todos os projetos de exploração e produção da Petrobras são economicamente viáveis a um preço do petróleo até US$ 25 barril, sendo que no caso do pré-sal é de US$ 21 o barril.
Já em relação ao programa de venda de ativos, que inclui oito refinarias, Castello Branco afirmou que o mesmo está mantido. No plano de negócios 2020/24 a companhia prevê venda total de ativos entre US$ 20 bilhões a US$ 30 bilhões.
— Vamos continuar com nosso programa de desinvestimento . Se o preço das ofertas ficar abaixo das nossas estimativas, é claro que não vamos em frente — destacou Castello Branco.
Fonte: O Globo