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Câmbio favorece e Paraná eleva exportações no 1º bimestre

A carne de frango, a soja e o milho foram as mercadorias que mais pesaram para o saldo positivo, seguidos pelos carros e pelos caminhões. Madeira, farelo de soja, papel, açúcar e café também tiveram participação importante nos resultados.

Para o economista da Federação das Indústrias do Paraná (Fiep) Roberto Zucher, a alta nos embarques de frango e de soja se devem em grande parte ao aumento da demanda por carne branca no mundo e aos bons resultados da safra de soja. “Houve uma boa produção agrícola no início do ano, que foi favorecida pelo câmbio”, conta ele.


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Setor automotivo
Apesar do mau momento da indústria, o setor automotivo foi na contramão e deu indícios de recuperação. De janeiro a fevereiro deste ano, o segmento exportou o equivalente a US$ 145,376 bilhões de automóveis e caminhões, alta de cerca de 47% em comparação com o mesmo período do ano passado, mas ainda abaixo dos embarques de anos anteriores. Para o economista da Fiep Roberto Zurcher, o segmento se beneficiou dos acordos bilaterais do Brasil, principalmente da América Latina. A melhora da coincide com a alta das vendas à Argentina – de US$ 129,816 bilhões em 2015 para US$ 165,772 bilhões neste ano.

Entre os meses de janeiro e fevereiro, as vendas foram de US$ 1,874 bilhão ante US$ 1,757 bilhão em 2015. Por outro lado, quando convertidos em real, os embarques tiveram um salto de R$ 7,516 bilhões em 2016, contra R$ 4,782 bilhões no ano anterior. No acumulado de 2015, o dólar manteve uma média de R$ 2,72, enquanto que, neste ano, ela foi de R$ 4,01.

Indústria
Zurcher afirma que a demora para a recuperação da indústria, mesmo com o cenário cambial favorável, decorre dos contratos de longo prazo do setor e aos altos custos de produção. “O câmbio é apenas um dos fatores que favorecem a competitividade, mas não é o único. O custo para produção está maior, a carga tributária é grande e a infraestrutura é deficiente”, aponta.

Para o economista, outra vantagem de alguns dos setores que mais venderam no período, como a madeira, o papel e a celulose, é o fato de os insumos serem nacionais, o que os livra dos altos preços para a importação, tornando-os mais competitivos no exterior.

Produtos básicos: 34%
A participação dos produtos básicos no fator agregado do Paraná teve um aumento de 34% no primeiro bimestre deste ano, em relação ao mesmo período de 2015, conforme levantamento da Fiep. Entretanto, a maior presença das mercadorias com menor valor agregado na balança é percebido desde 2006. A federação aponta que em nove anos o peso dos manufaturados e semifaturados caiu de 68,9% para 47,5%. Já os básicos foram de 29,3% para 51,31%. “Enquanto os outros países incentivam o desenvolvimento tecnológico, nós passamos por um período de desindustrialização e perdemos espaço no mercado externo”, diz o economista da Fiep Roberto Zurcher.

Fonte: Gazeta do Povo/Fabio Cherubini






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