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MSC

Falta capacidade para gerenciar projetos

"Estamos diante de uma grande onda de demanda de transporte e logística e para atendê-la é preciso uma forte onda de oferta, na mesma proporção e velocidade", analisa Paulo Tarso Vilela de Resende, coordenador do Núcleo de Infraestrutura e Logística da Fundação Dom Cabral. Isso significa canalizar investimentos da mesma grandeza de percentuais esperados para o PIB.

Além do dinheiro, a percepção é de que falta agilidade e capacidade operacional e gerencial para canalizar os projetos certos, com a visão adequada e com as tecnologias e inovações necessárias. "O governo está gastando energia em gerenciar obras, esquecendo-se do seu papel de planejar, regular e fiscalizar", afirma Carlos Cavalcanti, diretor de infraestrutura da Fiesp. Segundo ele, nem é razoável reclamar recursos financeiros para financiamento do setor de transporte. "O setor privado é que tem a responsabilidade de alocar os recursos necessários, trazendo inovações tecnológicas e modelos de gestão eficiente", analisa.

Resende, da Dom Cabral, exemplifica: "ao governo cabe pegar os recursos trazidos pela concessão de rodovias em regiões densamente povoadas e duplicar uma estrada de terra no Centro-oeste, para que esse empreendimento atraia desenvolvimento econômico". Para ele, o governo não tem estrutura para dar conta de operações, e nem deveria ter, sob pena de aumentar o aparato burocrático. "A competência precisa ser direcionada para desenvolver instrumentos eficientes que permitam agregar players competentes para desenvolver projetos e executá-los sob critérios de qualidade técnica e gerencial."

(Fonte: Valor Econômico/CLT)


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