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FEE debate planos para o desenvolvimento do Estado do Rio Grande do Sul

Os rumos do que será a política de desenvolvimento do Rio Grande do Sul durante o governo Tarso Genro estiveram em pauta no primeiro Debates FEE do ano, ocorrido na tarde de ontem. Até o final do ano, a instituição pretende levantar questões contemporâneas da economia neste evento. O secretário-adjunto de Planejamento, Gestão e Participação Cidadã, Rogério Fialho, abriu o debate afirmando que o plano de governo da atual gestão tem a retomada da promoção do desenvolvimento do Estado como prioridade. "O mapa estratégico do governo deixa bastante claro esse ponto", diz Fialho.

Com a diretriz fixada no governo e no debate, o secretário substituto da Secretaria de Desenvolvimento e Promoção do Investimento, Junico Antunes, explicou que considera alguns pontos fundamentais na economia mundial, como energia e petróleo, além de inovação. "Há uma crise provável no petróleo, e quando sairmos dele, vamos precisar de outras coisas, como biocombustíveis", destaca. "A energia é fundamental no debate", completa. Além disso, destaca que a inovação é questão decisiva para o bom desempenho das principais economias do mundo.

Antunes frisa que foi adotado um sistema de promoção do desenvolvimento no Estado, que conta com implantação de medidas próximas à governadoria, tal como a própria criação da Secretaria de Desenvolvimento e da Agência Gaúcha de Desenvolvimento e Promoção do Investimento (AGDI), responsável pela execução dos projetos estabelecidos, e do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES). "Começamos pela estruturação desse sistema", pontua. De acordo com ele, questões ambientais, de infraestrutura e energia, bem como aspectos relacionados à Fazenda e ao financiamento pelo Banrisul, vêm sendo amplamente debatidas por grupos de trabalho a fim de organizar a chamada promoção do desenvolvimento.

Entre os principais focos, o polo naval e a retomada na relação com a zona Sul do Estado, com a construção de estaleiros, são apontados por Antunes, além da criação de um novo Fundopem e de Arranjos Produtivos Locais. "Precisamos sinalizar apoio ao industrial que já existe no Estado", enfatiza, lembrando que grande parte de máquinas e implementos agrícolas e ônibus são produzidos no Rio Grande do Sul.

O presidente da AGDI, Marcus Coester, reforçou a necessidade de fomento à atividade industrial gaúcha. Para ele, é preciso valorizar as empresas já instaladas no Estado na mesma medida em que são atraídos novos investimentos. Coester aponta que a questão do polo naval não pode estar restrita a Rio Grande, mas é uma cultura que deve ser difundida também em outras cidades do Interior.

Além disso, o dirigente aponta que um grande volume de companhias tem demonstrado interesse em investir no Estado, o que requer cuidado para que elas sejam contempladas com incentivos. "Precisamos saber como atender a essa turma para viabilizar que encontre condições diferenciadas e competitivas em relação a outras regiões", observa. "É importante trazer mais empreendimentos, mas mais importante que isso é cuidar de quem já está aqui", conclui.

Fonte:Mayara Bacelar


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